Human Work

Certa vez, um amigo de trabalho, já cansado de tanto copiar e colar do Excel, consternado pelo trabalho ingrato, soltou a frase:

• Eu não estudei tanto para fazer este trabalho de macaco!
• Trabalho de macaco ou trabalho de robô?
• Sim, de robô.

E quem não gostaria de deixar de fazer os trabalhos ingratos para fazer os trabalhos que as pessoas realmente sentem prazer de fazer?

No último post, “Automatize qualquer processo, em qualquer lugar!” falamos como o mundo está se tornando micro e como a granularidade e quantidade de informações têm feito os BPMS monolíticos um problema para a escalabilidade das empresas. Mas o problema não é somente técnico.

Outro gargalo de crescimento é a carga crescente de trabalho sobre os colaboradores das empresas. São trabalhos repetitivos ou um excesso de tratamento de exceções que lhes consomem muita energia, mas com os quais os colaboradores já se acostumaram a conviver, pois não lhes sobra tempo para atacar suas causas e provocar a tão sonhada melhoria. Ao fim do dia, estão exaustos. No outro, é preciso renovar as esperanças para enfrentar mais um dia de labuta. Para a empresa, além de dispendioso, este cenário afoga sua cultura.

Usamos robôs para tornar humano mais humanos

Uma hora ou outra a empresa se dá conta de que é hora de pivotar sua operação e equipe para outro caminho mais próspero. BPM é uma alavanca para a inovação, mas é preciso saber colocar a peça quadrada no buraco quadrado e a peça redonda no buraco redondo.

“Em vez de construir uma pilha de tecnologia e, em seguida, explorar as aplicações potenciais, as organizações devem considerar o contexto empresarial e humano primeiro.”

David Cearley, Gartner Distinguished VP Analyst, Gartner.

Há uma gama de tecnologias que podem ajudar as empresas a diminuir a carga sobre seus colaboradores, para aproveitar melhor seu capital intelectual e cultural. Para integrar todas as tecnologias disponíveis utilizamos uma combinação de Human Workflow e Technical Workflow.

Como nenhuma ferramenta pode substituir os humanos, a hiperautomação hoje envolve uma combinação de ferramentas, incluindo automação de processos robóticos (RPA), software de gerenciamento de negócios inteligente (iBPMS) e IA, com um objetivo de tomada de decisão cada vez mais orientada para IA.

As 10 principais tendência tecnológicas estratégicas da Gartner para 2020.

Para conectar, organizar, executar, visualizar e melhorar os trabalhos feitos por estes autômatos ou feitos pelo ser humano, faz todo sentido o uso de workflows integrados. Alguns exemplos deste auxílio tecnológico através da orquestração de processos:

Executando regras de atos vinculados a regimentos internos, normas do setor ou legislação aplicável. Ou regras já acordadas na empresa. Em caso de uma situação desconhecida, uma pessoa pode avaliar o caso concreto.

Com a ajuda de um software desenvolvido pela empresa ou de terceiros através de suas APIs, com a contingência para erros de negócio.

Com a ajuda de Robotic Process Automation para se integrar a sites ou aplicativos existentes, que não tenham APIs prontas ou não se pode construí-las de imediato.

Com a ajuda de Inteligência Artificial, onde o usuário pode fornecer feedback para treiná-la em caso de baixa acuracidade. Assim a AI pode aprender com os casos concretos, aumentando sua acuracidade e diminuindo a carga sobre as pessoas.

Estas tecnologias podem liberar os colaboradores para que façam atividades mais voltadas ao intelectual humano:

• Melhoria de processos: os colaboradores detêm o conhecimento do negócio, o conhecimento do mercado, a visão sistêmica e os aspectos culturais para melhorar os processos de forma contínua e assertiva quando apoiados por indicadores corretos;
• Novos projetos: utilizar o tempo dos colaboradores para formar equipes para novos projetos, especialmente utilizando os padrões para criar projetos mais “Agile” com as notações BPM;
• Criatividade: em um mundo de inovação e empreendedorismo, os colaboradores poderão criar soluções de Transformação Digital ou criação de processos Nato Digitais;
• Empatia: em uma época em que tanto se fala em Design Thinking, User Experience, Customer Experience e os Pontos da Verdade do BPM (que são os pontos do processo onde o consumidor impacta ou é impactado pelo processo), aproveitar a capacidade dos colaboradores para vivenciar a visão e os sentimentos do cliente, com o passar do tempo, coloca a empresa no caminho da excelência.

Você poderia até acrescentar mais itens nestas listas, mas esta é uma amostra de que não é preciso mágica para ter pessoas motivadas. Basta entregar a elas seu “estado de flow”, o estado mental de operação em que a pessoa está totalmente imersa no que está fazendo, caracterizado por um sentimento de total envolvimento e sucesso no processo da atividade. Assim o humano não terá mais estranha sensação ser um macaco ou um robô.

Camunda Plataform fornece um conjunto de ferramental ótimo para automação de Human Workflow e Technical Workflow. É um ferramental bastante apropriado para cuidar do ciclo de vida de seus processos de ponta a ponta. Prepare sua empresa para a escalabilidade e aproveite o melhor que sua equipe tem a lhe oferecer!

E você, quer transformar os seus negócios? Agora que você conhece todos os benefícios que Camunda e RPA têm a oferecer quando trabalham em sinergia, é hora de alavancar a inovação na sua empresa. Deixe seus dados abaixo e em breve nós entraremos em contato com você! Vamos agregar valor ao seu negócio!

Autor: Rodrigo Carlstrom

Sobre: consultor BPM há 18 anos, tendo trabalhado com análise, automação, operação e melhoria de processos de negócio e como Gerente de Projetos e Gestor de Mudanças em grandes empresas do mercado. Certificado Black Belt, PMP e Camunda Engineer.

Coautor: Alex Risso

Sobre: consultor RPA há 8 anos, tendo trabalhado com análise de viabilidade, arquitetura e criação de soluções RPA, para empresas da área financeira, agronegócio, passando por automobilística, logística e BPO. Atuando em melhoria de parque de automações e gerente de projetos.